Por que a Rede Globo está tão desesperada?

“Conscientizar”? “Problematizar”? As ofensivas da Rede Globo contra a família andam tão exageradas que, na verdade, parecem sinalizar mais desespero do que qualquer outra coisa.

Equipe Christo Nihil Praeponere

24 de Outubro de 2017

Conscientização social? Preocupação com as minorias? As ofensivas da Rede Globo contra a família andam tão exageradas que, na verdade, parecem sinalizar mais desespero do que qualquer outra coisa.

O que antes era feito de modo sutil, ora através do romance de uma novela, ora por meio de uma reportagem aqui e outra acolá, agora converteu-se em uma campanha sistemática: seja no “Encontro”, no “Fantástico” ou nas novelas que são exibidas em horário “nobre” — ainda que a programação, em si mesma, não tenha nada de nobre —, a emissora de televisão mais assistida do Brasil parece ter se convertido em um grande folhetim ideológico, disposto mais a formar as mentes que informá-las, mais a hipnotizar as massas que entretê-las.

O tema do momento, como todos sabem, é a ideologia de gênero. (Os defensores da coisa, evidentemente, evitam o termo “ideologia”. Eles falam de “gênero” com ares de elite “científica”, como se essa fosse a mais nova descoberta do mundo civilizado. Deste mundo, é claro, pessoas “incultas” e “atrasadas”, como os cristãos ou como a simples dona Regina, estão totalmente de fora.)

Nunca o abismo entre o que pensam artistas e jornalistas e o que aspira a população brasileira ficou tão evidente.
Fala-se abertamente, por exemplo, de “crianças transgêneras”. Querem porque querem nos convencer que uma criança de quatro, cinco anos de idade, que mal está entrando em idade escolar; que ainda não tem responsabilidades, conhecimento e maturidade para escolher nada… Querem nos convencer que essa criança pode muito bem desenvolver ou assumir uma “identidade” diferente de seu sexo biológico — e que isso é perfeitamente normal. Pouco importa que, em países como a Inglaterra, essa ideia já esteja causando em crianças e adolescentes uma confusão dos diabos. O que importa é passar adiante a ideia — a realidade que faça o favor de se adequar!

As novelas globais, por sua vez, retratam os transgêneros já adultos da forma mais romantizada possível. Os conflitos internos mal resolvidos, as situações a que estão sujeitas essas pessoas, mesmo depois de conseguirem a tão sonhada “mudança de sexo”, tudo é resumido à resistência que elas enfrentam por parte de sociedade. A infelicidade das pessoas transtornadas com o próprio sexo não se deve à condição confusa em que elas mesmas se encontram. Não, a culpa de todo o seu sofrimento é do preconceito da sociedade, que se recusa a chancelar a sua “identidade”, as suas escolhas e os seus hábitos.

Aqui, mais uma vez, a realidade dos fatos conta muito pouco. Ninguém fala, por exemplo, das inúmeras pessoas que se arrependem da cirurgia de transgenitalização e desejam voltar ao sexo com que nasceram, tampouco das altíssimas taxas de suicídio presentes nessa parcela da população. Nas próprias palavras de uma pessoa que sofreu na pele o mesmo drama, mas, felizmente, escolheu outro caminho para remediar a sua situação, “a comunidade médica”, assim como os meios de comunicação de maneira geral,

não tem interesse nenhum seja em reconhecer os perigos e o impacto a longo prazo das terapias de transição, seja em iniciar estudos que possam encontrar uma cura ou uma solução subjacente ao problema. Quem sugerir que esse é um problema médico por ser resolvido acaba sendo acusado de incitar o genocídio.
A propaganda, no entanto, está tão artificial, tão “forçada”, que muitas pessoas estão finalmente acordando. As redes sociais, sobre as quais a grande mídia ainda não exerce o seu controle, ficaram lotadas de manifestações de repúdio nos últimos dias. São as tímidas vozes do bom senso que finalmente vêm à tona, perturbando as “classes falantes” e mostrando-lhes como a realidade destoa da ilusão liberal que existe em suas cabeças. Nunca o abismo entre o que pensam artistas e jornalistas e o que aspira a população brasileira ficou tão evidente. Só para citar alguns exemplos recentes:

A população brasileira é, em sua esmagadora maioria, contrária ao aborto. Os atores globais, porém, não se intimidam e gravam vídeos defendendo abertamente a legalização da prática. O “Fantástico” faz o mesmo.
A população brasileira é, em sua maioria, assumidamente cristã. Os artistas globais, no entanto, não têm nada a ver com isso. Se exposições de arte achincalham símbolos religiosos e fazem troça da fé católica, eles militam pela “liberdade de expressão”.
A população brasileira já demonstrou, enfim, que não quer a ideologia de gênero nem nas escolas, quanto menos em suas casas. A Rede Globo, porém, dá de ombros e procura enfiar essa ideologia “goela abaixo” das famílias, custe o que custar.

As diferenças são tão discrepantes que restou à Rede Globo tão somente “apelar”. Por isso os transgêneros em horário nobre, por isso as cenas de sexo cada vez mais escrachadas, mais despudoradas, mais explícitas; por isso os debates com “um lado só”: tudo para criar a falsa impressão de “unanimidade”, para tentar fazer a dona Maria e o seu João acreditarem que o mundo inteiro “saiu do armário”, enquanto eles, pobrezinhos, ainda acreditam no mito burguês da família, de Deus e da propriedade.

Por essa razão, como o lado de lá está obstinado, não nos basta simplesmente protestar. O que as pessoas poderiam esperar, no fim das contas, da emissora que ajudou a legalizar a desgraça do divórcio no Brasil?

Mais do que soltar notas de repúdio na Internet, portanto, já está passando da hora de desligarmos nossos televisores e retirá-los do lugar de destaque que eles ocupam em nossas salas de estar. É preciso restaurar nos lares o lugar que era ocupado pelos santos, pelos oratórios, pelo Rosário em família, pelas conversas sadias, pela convivência entre pais e filhos.

Lembremo-nos do que disse certa vez um Papa aos brasileiros: “É preciso dizer não àqueles meios de comunicação social que ridicularizam a santidade do matrimônio e a virgindade antes do casamento”. É a única maneira de respondermos ao desespero dos que sabem ser essa a última hora de que dispõem para fazer afundar de vez a família brasileira.

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