Papa Francisco: “Uma pessoa que não fala mal dos outros seria canonizada imediatamente”

Homilia na Casa Santa Marta: Francisco nos convida a “acusar a nós mesmos” e não os outros, evitando cair na hipocrisia

Por Luca Marcolivio

Cidade do Vaticano, 11 de Setembro de 2015 (ZENIT.org)

Fazer exame de consciência e ter a coragem de acusar a si mesmo antes de acusar os outros: sem isto, somos “hipócritas”, disse Francisco na missa desta manhã na Casa Santa Marta, dando continuidade à reflexão da homilia de ontem sobre perdão e misericórdia.

A “recompensa”, explicou o pontífice, já é evidente quando Jesus diz: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Não condeneis, e não sereis condenados”.

“O primeiro passo é acusar a si mesmos. A coragem de acusar a si mesmo antes de acusar os outros. Paulo louva o Senhor porque Ele o elegeu e dá graças a Deus porque ‘confiou em mim ao colocar-me a seu serviço, porque eu era um blasfemo, perseguidor e violento’. Mas recebi misericórdia”.

Jesus já tinha nos ensinado a não olhar para o “cisco” no olho do irmão, mas para a “trave” em nosso próprio olho. Acusar a si mesmo é o “primeiro passo” e ninguém tem o direito de sentir-se “juiz para remover a farpa dos olhos dos outros”.

Sem isto, nos tornamos “hipócritas”. Assim como não é cristão quem não perdoa (cf. homilia de ontem), tampouco é cristão quem “não tem a capacidade de acusar a si mesmo”, de entrar “nesta obra tão bela da reconciliação, da paz, da ternura, da bondade, do perdão, da generosidade, da misericórdia que Jesus Cristo nos trouxe”.

Por isso, é importante pedir “ao Senhor a graça da conversão” e “parar” quando nos lembramos dos “defeitos dos outros”. Um exemplo a seguir, disse o papa, é o de São Paulo, que se reconhece “blasfemo”, “perseguidor” e “violento”.

Em vez de fazer “comentários sobre os outros”, é melhor fazer “comentários sobre nós mesmos”, o “primeiro passo” no “caminho da magnanimidade”. Aqueles que só “olham para o cisco no olho dos outros” revelam “uma alma mesquinha, cheio de pequenezas, cheia de fofocas”.

A graça a pedir a Deus, portanto, é a de “seguir o conselho de Jesus: ser generosos no perdão, ser generosos na misericórdia”.

O papa concluiu com uma “provocação”: “Uma pessoa que nunca, nunca, nunca tenha falado mal dos outros poderia ser canonizada imediatamente”, sem sequer “necessidade do milagre”.

Papa simplifica processos de nulidade matrimonial

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Foram anunciadas na manhã de terça-feira (08/09) as principais mudanças decididas pelo Papa em relação aos processos de nulidade matrimonial.

O objetivo do Papa não é favorecer a nulidade dos matrimônios, mas a rapidez dos processos: simplificar, evitando que por causa de atrasos no julgamento, o coração dos fiéis que aguardam o esclarecimento sobre seu estado “não seja longamente oprimido pelas trevas da dúvida”.

As alterações constam nos dois documentos ‘Mitis Iudex Dominus Iesus’ (Senhor Jesus, meigo juiz) e ‘Mitis et misericors Iesus’ (Jesus, meigo e misericordioso), apresentados na Sala de Imprensa da Sé.

A reforma foi elaborada com base nos seguintes critérios:

1.    Uma só sentença favorável para a nulidade executiva: não será mais necessária a decisão de dois tribunais. Com a certeza moral do primeiro juiz, o matrimônio será declarado nulo.
2.    Juiz único sob a responsabilidade do Bispo: no exercício pastoral da própria ‘autoridade judicial’, o Bispo deverá assegurar que não haja atenuações ou abrandamentos.
3.    O próprio Bispo será o juiz: para traduzir na prática o ensinamento do Concílio Vaticano II, de que o Bispo é o juiz em sua Igreja, auspicia-se que ele mesmo ofereça um sinal de conversão nas estruturas eclesiásticas e não delegue à Cúria a função judicial no campo matrimonial. Isto deve valer especialmente nos processos mais breves, em casos de nulidade mais evidentes.
4.    Processos mais rápidos: nos casos em que a nulidade do matrimônio for sustentada por argumentos particularmente evidentes.
5.    O apelo à Sé Metropolitana: este ofício da província eclesiástica é um sinal distintivo da sinodalidade na Igreja.
6.    A missão própria das Conferências Episcopais: considerando o afã apostólico de alcançar os fiéis dispersos, elas devem sentir o dever de compartilhar a ‘conversão’ e respeitarem absolutamente o direito dos Bispos de organizar a autoridade judicial na própria Igreja particular. Outro ponto é a gratuidade dos processos, porque “a Igreja, mostrando-se mãe generosa, ligada estritamente à salvação das almas, manifeste o amor gratuito de Cristo, por quem fomos todos salvos”.
7.    O apelo à Sé Apostólica: será mantido o apelo à Rota Romana, no respeito do antigo princípio jurídico de vínculo entre a Sé de Pedro e as Igrejas particulares.
8.    Previsões para as Igrejas Orientais: considerando seu peculiar ordenamento eclesial e disciplinar, foram emanados separadamente as normas para a reforma dos processos matrimoniais no Código dos Cânones das Igrejas Orientais.

Diante dos jornalistas credenciados, o juiz decano do Tribunal da Rota Romana, Mons. Pio Vito Pinto explicou que os decretos (motu próprio) são resultado do trabalho da comissão especial para a reforma destes processos, nomeada pelo Papa em setembro de 2014.

Também estavam na coletiva o Cardeal Francesco Coccopalmerio, Presidente do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos, e o arcebispo jesuíta  Luis Francisco Ladaria, secretário da Congregação para a Doutrina da Fé.

Fonte: Rádio Vaticano

Papa Francisco escreve explicando o perdão do aborto no Ano da Misericórdia

Carta do Santo Padre a Mons. Fisichella, esclarecendo a indulgência, a absolvição de pecados graves e a possibilidade dos membros da Comunidade São Pio X de confessar-se válida e licitamente.

O Papa Francisco enviou uma carta ao arcebispo Rino Fisichella, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, na qual especifica alguns particulares sobre o Jubileu da Misericórdia.

Na carta, o Santo Padre explica desde como obter uma indulgência jubilar plena – até mesmo para os defuntos, fruto do próprio acontecimento que se celebra e se vive com fé, esperança e caridade, e para as pessoas que não podem mover-se livremente, como anciãos ou presos – até o perdão que poderão administrar os sacerdotes àqueles que cometeram ou estiveram envolvidos em abortos, “sabendo conjugar palavras de genuína acolhida com uma reflexão que ajude a compreender o pecado cometido, e indicar um itinerário de conversão verdadeira”.

Além disso, àqueles que fazem parte da Comunidade de São Pio X, que não estão em plena comunhão com a Igreja, o Papa concede-lhes a possibilidade de confessar-se durante este ano jubilar da Misericórdia, recebendo licitamente a absolvição.

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Ao Venerado Irmão
D. Rino Fisichella
Presidente do Pontifício Conselho
para a Promoção da Nova Evangelização

A proximidade do Jubileu Extraordinário da Misericórdia permite-me focar alguns pontos sobre os quais considero importante intervir para consentir que a celebração do Ano Santo seja para todos os crentes um verdadeiro momento de encontro com a misericórdia de Deus. Com efeito,  desejo que o Jubileu seja uma experiência viva da proximidade do Pai, como se quiséssemos sentir pessoalmente a sua ternura, para que a fé de cada crente se revigore e assim o testemunho se torne cada vez mais eficaz.

O meu pensamento dirige-se, em primeiro lugar, a todos os fiéis que em cada Diocese, ou como peregrinos em Roma, viverem a graça do Jubileu. Espero que a indulgência jubilar chegue a cada um como uma experiência genuína da misericórdia de Deus, a qual vai ao encontro de todos com o rosto do Pai que acolhe e perdoa, esquecendo completamente o pecado cometido. Para viver e obter a indulgência os fiéis são chamados a realizar uma breve peregrinação rumo à Porta Santa, aberta em cada Catedral ou nas igrejas estabelecidas pelo Bispo diocesano, e nas quatro Basílicas Papais em Roma, como sinal do profundo desejo de verdadeira conversão. Estabeleço igualmente que se possa obter a indulgência nos Santuários onde se abrir a Porta da Misericórdia e nas igrejas que tradicionalmente são identificadas como Jubilares. É importante que este momento esteja unido, em primeiro lugar, ao Sacramento da Reconciliação e à celebração da santa Eucaristia com uma reflexão sobre a misericórdia. Será necessário acompanhar estas celebrações com a profissão de fé e com a oração por mim e pelas intenções que trago no coração para o bem da Igreja e do mundo inteiro.

Penso também em quantos, por diversos motivos, estiverem impossibilitados de ir até à Porta Santa, sobretudo os doentes e as pessoas idosas e sós, que muitas vezes se encontram em condições de não poder sair de casa. Para eles será de grande ajuda viver a enfermidade e o sofrimento como experiência de proximidade ao Senhor que no mistério da sua paixão, morte e ressurreição indica a via mestra para dar sentido à dor e à solidão. Viver com fé e esperança jubilosa este momento de provação, recebendo a comunhão ou participando na santa Missa e na oração comunitária, inclusive através dos vários meios de comunicação, será para eles o modo de obter a indulgência jubilar. O meu pensamento dirige-se também aos encarcerados, que experimentam a limitação da sua liberdade. O Jubileu constituiu sempre a oportunidade de uma grande amnistia, destinada a envolver muitas pessoas que, mesmo merecedoras de punição, todavia tomaram consciência da injustiça perpetrada e desejam sinceramente inserir-se de novo na sociedade, oferecendo o seu contributo honesto. A todos eles chegue concretamente a misericórdia do Pai que quer estar próximo de quem mais necessita do seu perdão. Nas capelas dos cárceres poderão obter a indulgência, e todas as vezes que passarem pela porta da sua cela, dirigindo o pensamento e a oração ao Pai, que este gesto signifique para eles a passagem pela Porta Santa, porque a misericórdia de Deus, capaz de mudar os corações, consegue também  transformar as grades em experiência de liberdade.

Eu pedi que a Igreja redescubra neste tempo jubilar a riqueza contida nas obras de misericórdia corporais e espirituais. De fato, a experiência da misericórdia torna-se visível no testemunho de sinais concretos como o próprio Jesus nos ensinou. Todas as vezes que um fiel viver uma ou mais destas obras pessoalmente obterá sem dúvida a indulgência jubilar. Daqui o compromisso a viver de misericórdia para alcançar a graça do perdão completo e exaustivo pela força do amor do Pai que não exclui ninguém. Portanto, tratar-se-á de uma indulgência jubilar plena, fruto do próprio evento que é celebrado e vivido com fé, esperança e caridade.

Enfim, a indulgência jubilar pode ser obtida também para quantos faleceram. A eles estamos unidos pelo testemunho de fé e caridade que nos deixaram. Assim como os recordamos na celebração eucarística, também podemos, no grande mistério da comunhão dos Santos, rezar por eles, para que o rosto misericordioso do Pai os liberte de qualquer resíduo de culpa e possa abraçá-los na beatitude sem fim.

Um dos graves problemas do nosso tempo é certamente a alterada relação com a vida. Uma mentalidade muito difundida já fez perder a necessária sensibilidade pessoal e social pelo acolhimento de uma nova vida. O drama do aborto é vivido por alguns com uma consciência superficial, quase sem se dar conta do gravíssimo mal que um gesto  semelhante comporta. Muitos outros, ao contrário, mesmo vivendo este momento como uma derrota, julgam que não têm outro caminho a percorrer. Penso, de maneira particular, em todas as mulheres que recorreram ao aborto. Conheço bem os condicionamentos que as levaram a tomar esta decisão. Sei que é um drama existencial e moral. Encontrei muitas mulheres que traziam no seu coração a cicatriz causada por esta escolha sofrida e dolorosa. O que aconteceu é profundamente injusto; contudo, só a sua verdadeira compreensão pode impedir que se perca a esperança. O perdão de Deus não pode ser negado a quem quer que esteja arrependido, sobretudo quando com coração sincero se aproxima do Sacramento da Confissão para obter a reconciliação com o Pai. Também por este motivo, não obstante qualquer disposição em contrário, decidi conceder a todos os sacerdotes para o Ano Jubilar a faculdade de absolver do pecado de aborto quantos o cometeram e, arrependidos de coração, pedirem que lhes seja perdoado. Os sacerdotes se preparem para esta grande tarefa sabendo conjugar palavras de acolhimento genuíno com uma reflexão que ajude a compreender o pecado cometido, e indicar um percurso de conversão autêntica para conseguir entender o verdadeiro e generoso perdão do Pai, que tudo renova com a sua presença.

Uma última consideração é dirigida aos fiéis que por diversos motivos sentem o desejo de frequentar as igrejas oficiadas pelos sacerdotes da Fraternidade São Pio X. Este Ano Jubilar da Misericórdia não exclui ninguém. De diversas partes, alguns irmãos Bispos referiram-me acerca da sua boa fé e prática sacramental, porém unida à dificuldade de viver uma condição pastoralmente árdua. Confio que no futuro próximo se possam encontrar soluções para recuperar a plena comunhão com os sacerdotes e os superiores da Fraternidade. Entretanto, movido pela exigência de corresponder ao bem destes fiéis, estabeleço por minha própria vontade que quantos, durante o Ano Santo da Misericórdia, se aproximarem para celebrar o Sacramento da Reconciliação junto dos sacerdotes da Fraternidade São Pio X, recebam validamente e licitamente a absolvição dos seus pecados.

Confiando na intercessão da Mãe da Misericórdia, recomendo à sua protecção a preparação deste Jubileu Extraordinário.

Vaticano, 1 de Setembro de 2015

Franciscus

NOTA DO BLOG VIDA SEM DÚVIDA

EXPLICANDO O QUE FEZ O PAPA FRANCISCO…

Na Igreja Católica, o aborto é algo tão abominável que é considerado: 1) Pecado mortal e 2) Delito Canônico, cuja pena é a excomunhão automática, e esta pena pode ser remida apenas pelo bispo diocesano ou pelos padres aos quais ele der esta faculdade.

Para cometer o DELITO DE ABORTO, são necessárias três condições:
1) O réu deve ser maior de dezoito anos;
2) O aborto deve ser seguido de efeito, ter acontecido com certeza;
3) A pessoa deve ter conhecimento dessa pena.

Caso contrário, não se cometeu o DELITO, mas somente o PECADO MORTAL DE ABORTO (que, obviamente, pode levar à condenação eterna), e qualquer padre já poderia absolver.

Lembrando que o delito é aplicado também a todo aquele que coopera com o aborto, não somente à mulher que abortou.

Quando se comete o DELITO, o penitente, arrependido, caso o confessor tenha a faculdade, recebe duas absolvições (uma do pecado e outra do delito) e duas penitências. O sacerdote pode também dar apenas a absolvição sacramental, com intenção de absolver também do delito.

A maior parte dos bispos concede a todos os sacerdotes de suas dioceses a faculdade de absolver o delito de aborto, deixando-lhes apenas o ônus de informá-lo quando isso acontece.

O Papa Francisco, ontem, apenas estendeu automaticamente a todos os padres esta jurisdição, durante o ANO SANTO, sem necessidade de terem nenhuma faculdade dada pelo bispo (ou seja, durante este ano, o DELITO de aborto não ficaria reservado aos bispos). Na prática, como a maior parte dos sacerdotes já tinham essa faculdade, a mudança foi muito, muito pequena.

Infelizmente, a mídia se serve disso para semear confusão, e dar a impressão de que o aborto teria sido “perdoado”, ou seja, teria deixado de ser pecado… Se a MÍDIA não sabe nem o que é PECADO, quanto menos sabe o que seria um DELITO CANÔNICO!!!

Bento XVI: “Encontramos a Palavra naqueles que refletem Jesus Cristo”

Papa emérito preside missa no Campo Santo Teutônico, para membros do “Schülerkreis”

Por Luca Caruso

Roma, 31 de Agosto de 2015 (ZENIT.org)

“A verdade, amor e bondade que vêm de Deus tornam o homem puro e a verdade, amor e bondade encontram-se na Palavra, que liberta do ‘esquecimento’ de um mundo que já não pensa em Deus”.

Este foi o coração da homilia do Papa Emérito Bento XVI na homilia da Missa a que presidiu na igreja do Campo Santo Teutônico no Vaticano, para os membros do “Schülerkreis” (círculo de estudantes de Ratzinger), que se reuniram em Castel Gandolfo para refletir sobre o tema ‘Como falar de Deus, hoje’, motivado pelo sacerdote e filósofo checo Tomás Halík.

Em sua homilia pronunciada em alemão, o Papa emérito centrou-se no evangelho de Marcos proclamado neste domingo (30). Bento XVI recordou que há três anos, por ocasião do encontro do Schülerkreis, foi lido o mesmo Evangelho e o cardeal Schönborn, que fez a homilia, perguntou: “Mas não devemos ser purificados também externamente e não somente interiormente? O mal só vem de dentro ou também de fora?”. Bento XVI admitiu que não se lembra da resposta, mas considerou uma pergunta muito interessante e por isso centrou sua meditação a partir da mesma. “Para uma resposta adequada – observou – devemos ampliar a pergunta e levar em consideração não apenas esta passagem do Evangelho, mas o Evangelho na sua totalidade”.

Não vem de fora o mal que nos ataca? É o sentido da pergunta feita pelo Papa Emérito. Claro, é necessário purificar-se de todas as impurezas que estão fora: “poderíamos dizer, a higiene exterior contra muitas doenças e epidemias que nos ameaçam”. É bom ter esse tipo de responsabilidade com o exterior a fim de que a morte não prevaleça, destacou o Papa emérito. Mas isso não é suficiente – continuou Bento XVI- porque há também “a epidemia do coração”, do interior, que “leva à corrupção e ainda a outras sujeiras, que levam o homem a pensar apenas em si mesmo e não no bem”. Portanto, é de crucial importância o ethos, ou seja, “a higiene interior”. “O que faz um homem puro? Qual é a verdadeira força da purificação? Como chegamos à limpeza do coração?” – questionou Bento XVI -. “Em outra passagem do Evangelho – continuou -, o Senhor diz: “Vocês são puros por causa da palavra que eu anunciei”. Portanto, torna-se puro por meio da Palavra: “Verdade, amor e bondade que vêm de Deus torna o homem puro; e verdade, amor e bondade se encontram na Palavra, que liberta do ‘esquecimento’ de um mundo que já não pensa em Deus”. “A Palavra é mais do que palavras, porque é através das palavras que encontramos a Palavra, que é Ele mesmo – reiterou o Papa Emérito -. A Palavra é o próprio Jesus Cristo e nós encontramos a Palavra naqueles que O refletem, que nos mostram o rosto de Deus e que refletem a sua mansidão, a sua humildade de coração, a sua ternura, a sua bondade, a sua sinceridade” . “Que o Senhor – concluiu Bento XVI – nos conceda esta ‘higiene do coração’ por meio da Verdade, que vem de Deus: esta é a força de purificação”.

Na oração dos fiéis rezou-se pelo Papa Francisco, para que o Senhor o ajude em seu trabalho, especialmente, no Ano Santo da Misericórdia.

Após a missa, teve lugar nas salas adjacentes do Campo Santo Teutônico uma cerimônia para a inauguração da Sala Papa Bento – Joseph Ratzinger.

Em seu discurso de abertura, Dom Hans Peter Fischer, reitor do Colégio Teutônico, também anunciou que em 18 de novembro será realizada a cerimônia de abertura da biblioteca Joseph Ratzinger – Bento XVI, dedicada à sua vida e aos seus pensamentos como estudioso e Papa, na Biblioteca do Colégio Teutônico e do Instituto Romano da Sociedade Görres, no Vaticano. O evento contará com uma palestra do Cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho para a Cultura sobre o tema “Da Bíblia à Biblioteca – Bento XVI e a Cultura da Palavra”.

A Biblioteca é uma iniciativa apoiada pela Fundação Vaticana Joseph Ratzinger-Bento XVI, que dispõe de cerca de mil volumes em várias línguas e é caracterizado como um lugar aberto a todos os interessados ​​nas publicações de e sobre Joseph Ratzinger, para conhecer a sua vida e aprofundar a sua teologia. Muitos volumes foram doados pelo próprio Bento XVI, outros pela Fundação Vaticana.

A biblioteca está aberta de segunda a quarta-feira, das 15:30 às 19:30. “A Fundação Ratzinger – disse o monsenhor Fischer – dispõe de especialistas para orientar os interessados.

Entre os presentes na cerimônia: o cardeal Christoph Schönborn, arcebispo de Viena e Kurt Koch, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Dom Georg Gänswein, prefeito da Casa Pontifícia e secretário pessoal do Papa Bento XVI , Dom Barthélemy Adoukonou, secretário do Pontifício Conselho para a Cultura, o bispo auxiliar de Hamburgo, Hans-Jochen Jaschke, o abade Maximilian Heim, prêmio Ratzinger em 2011, o monsenhor Stefan Heid, diretor do Instituto Romano da Sociedade de Görres, monsnehor Giuseppe Antonio Scotti, presidente da Fundação Vaticana Joseph Ratzinger – Bento XVI, o padre Stephan Otto Horn, presidente do Schülerkreis, Christian Schaller, prêmio Ratzinger em 2013.

Fonte: http://www.fondazioneratzinger.va/content/fondazioneratzinger/it.html